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Mercado de trabalho americano mostra força com dados de empregos
Ontem, os Estados Unidos divulgaram dados importantes sobre o mercado de trabalho. O indicador ADP de variação de empregos apresentou um aumento maior do que o esperado, reforçando a percepção de um mercado de trabalho robusto. Além disso, as ofertas de empregos JOLTS também vieram em níveis elevados, evidenciando a força da economia americana.
Esse cenário, embora positivo para a economia, impacta negativamente a perspectiva para as taxas de juros, pois mercados tendem a considerar uma economia forte como um fator para a manutenção ou alta dos juros.
Inflação chinesa abaixo do esperado afeta commodities
Após o fechamento do pregão, a China divulgou seus números de inflação, surpreendendo com resultados abaixo das expectativas. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou uma deflação de 0,1%, contrariando a previsão de alta de 0,3%. Já o Índice de Preços ao Produtor (IPP) acumulou uma queda de 2,2% nos últimos 12 meses, superando a estimativa de queda de 2%.
Essa fraqueza inflacionária chinesa gera um impacto negativo sobre as commodities, influenciando diretamente o mercado brasileiro, já que a Bolsa brasileira tem forte correlação com esses preços.
Desempenho das empresas: crescimento da Motiva e redução do CAPEX da Suzano
No setor corporativo, a Motiva anunciou seus dados operacionais referentes a novembro. A empresa registrou um aumento de 2,7% no número de veículos em relação a novembro do ano anterior. Além disso, a mobilidade urbana também cresceu, com aumento de aproximadamente 1% no número de passageiros, sinalizando um bom desempenho para o mês.
Por outro lado, a Suzano divulgou sua projeção de investimentos (CAPEX) para 2026 com uma redução significativa. Enquanto a expectativa para 2025 é de cerca de 13,3 bilhões em CAPEX, a projeção para 2026 foi revista para 10,9 bilhões. Essa diminuição pode favorecer a geração de caixa livre da empresa, atendendo às demandas do mercado por desalavancagem.
Calendário econômico do dia e seus possíveis impactos
O calendário econômico de hoje apresenta eventos que podem trazer volatilidade ao mercado. Às 9h, será divulgado o IPCA de novembro, com expectativa de alta de 0,20%, dado capaz de influenciar a Bolsa brasileira.
Durante o pregão, às 16h, está prevista a decisão sobre a taxa de juros nos Estados Unidos, com cenário dividido entre corte de 0,25 ponto percentual ou manutenção do patamar atual. Após essa decisão, às 16h30, haverá coletiva do FOMC, onde serão apresentadas as projeções e perspectivas para a política monetária americana, impactando fortemente os mercados.
Por fim, com o mercado brasileiro já fechado, às 18h30, ocorrerá a divulgação da decisão sobre a taxa de juros no Brasil. A expectativa é de manutenção da taxa em 15%, consenso que deve minimizar surpresas nesse evento.
Detalhamento dos principais indicadores econômicos
Variação de empregos ADP: Esse indicador privado mede a criação de empregos no setor privado americano e costuma antecipar dados oficiais. A última divulgação mostrou um aumento superior às projeções, indicativo da continuidade da recuperação no mercado de trabalho dos EUA.
Ofertas de empregos JOLTS: Medem a quantidade de vagas disponíveis no mercado de trabalho americano. O número elevado reforça a existência de demanda por trabalhadores, sugerindo resiliência econômica.
IPC e IPP da China: O IPC reflete a variação dos preços ao consumidor, enquanto o IPP acompanha os preços recebidos pelos produtores. Os resultados negativos recentes indicam pressão desinflacionária, preocupando mercados que dependem da demanda chinesa por commodities.
IPCA: Principal indicador de inflação no Brasil, sua divulgação mensal é acompanhada de perto pelos investidores, pois influencia as decisões de política monetária e o comportamento da Bolsa.
Taxa de juros nos EUA e Brasil: As decisões sobre as selic dos Estados Unidos (Fed) e do Brasil (Banco Central) são eventos-chave que orientam o rumo dos mercados financeiros e o custo do crédito nas respectivas economias.

