
Ontem, o mercado recebeu a divulgação do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que registrou alta de 0,36% em setembro, acima do aumento de 0,20% observado no mês anterior. Esse indicador é fundamental para a compreensão do cenário inflacionário no Brasil, apresentando uma aceleração nos preços que impacta diversos setores da economia.
Além disso, no campo corporativo, a CCR iniciou oficialmente o processo de desinvestimento em seus aeroportos, recebendo propostas para a venda desses ativos. A medida busca melhorar a alavancagem da companhia, reforçando sua estrutura financeira, o que pode ser visto de forma positiva para seus investidores e para o mercado.
No entanto, um ponto negativo marcou o dia: as ações da MRV registraram queda superior a 10%. Isso ocorreu após a divulgação das prévias de resultados, que demonstraram desafios significativos na operação da empresa. Destacou-se a redução expressiva no número de lançamentos da MRV no Brasil, acompanhada pela continuidade do consumo de caixa nas demais operações do grupo, como Urba, Lugo e Résia. Essa dinâmica prejudica a operação principal da MRV, que já apresenta sinais de desaceleração, evidentes tanto no ritmo de lançamentos quanto na velocidade de vendas (VSO) dos imóveis lançados.
A situação torna-se ainda mais delicada considerando que os covenants da MRV estão próximos de serem atingidos, o que exige atenção redobrada por parte dos investidores diante desse cenário.
Detalhamento dos indicadores e eventos econômicos
O IGP-DI registrado reflete um aumento na pressão inflacionária no setor de preços internos, indicando que os custos vêm subindo com maior intensidade. Isso pode influenciar decisões de política monetária e expectativas do mercado financeiro.
Quanto à CCR, a venda dos aeroportos faz parte de uma estratégia de desalavancagem. Ao reduzir sua exposição em ativos que demandam forte aporte de capital, a empresa busca fortalecer seu balanço e garantir maior flexibilidade para futuras operações.
Em relação à MRV, os números preliminares apontam para uma desaceleração nas vendas e lançamentos. A velocidade de venda dos imóveis (VSO) diminuiu, sinalizando um ritmo mais lento na comercialização dos ativos. Somado a isso, a queima de caixa nas operações vinculadas ao grupo, como Urba, Lugo e Résia, coloca pressão nas finanças da companhia. Além disso, a proximidade dos limites estabelecidos nos covenants aumenta o risco financeiro, o que explica a reação negativa do mercado.
No calendário econômico de hoje, a principal atenção volta-se para a divulgação da ata da reunião do Federal Open Market Committee (FOMC), o comitê do FED responsável pelas decisões de política monetária dos Estados Unidos. Essa ata deve oferecer insights importantes sobre a visão do FED acerca das taxas de juros e suas perspectivas para cortes futuros.
Esse documento tem relevância especial neste momento, pois os Estados Unidos iniciam um processo de redução das taxas de juros. Assim, entender a percepção do FED sobre o ciclo atual pode contribuir para ajustar expectativas sobre os impactos globais, inclusive para o mercado brasileiro.
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