Ontem, os Estados Unidos divulgaram dados preocupantes sobre o desempenho econômico. As vendas no varejo registraram uma queda muito mais acentuada que a projetada pelo mercado. Enquanto a expectativa indicava uma retração de 0,5% para maio, o resultado efetivo foi quase 1% abaixo, confirmando um ritmo de desaceleração mais intenso que o previsto. Além disso, os números da produção industrial também vieram negativos, reforçando o cenário de enfraquecimento tanto no setor de varejo quanto na indústria.

Esse panorama desfavorável, embora impacte negativamente a economia, exerce certa pressão para a manutenção ou redução dos juros, pois um ambiente econômico mais fraco tende a limitar a inflação. Contudo, para indicadores econômicos, esses dados não são positivos e indicam desafios no curto prazo.

Atualizações no mercado corporativo brasileiro

Em paralelo, o banco Bradesco BBI atualizou sua recomendação para a Eletrobras, elevando o preço-alvo para R$ 65,00. A instituição destaca a empresa como possível principal destaque do setor, apontando para um potencial de valorização superior a 40%. Essa avaliação reforça o interesse no segmento elétrico frente ao cenário atual.

Também houve anúncios relevantes de empresas brasileiras. A WEG comunicou a distribuição de juros sobre capital próprio de R$ 0,09 por ação. Para receber esse valor, os investidores devem estar com as ações em posse até o dia 20 de junho de 2025, com pagamento previsto para 13 de agosto de 2025. A Itaúsa anunciou decisão semelhante, evidenciando uma tendência de retorno direto ao acionista por meio desses instrumentos.

Destaques do calendário econômico para hoje

Na manhã de hoje, o mercado global ficará atento a indicadores importantes. Nos Estados Unidos, serão divulgados os pedidos de seguro-desemprego, dado fundamental para aferir a saúde do mercado de trabalho.

Na zona do euro, a inflação será o destaque do dia. Embora a influência direta sobre o mercado brasileiro seja limitada, variações inesperadas nesses números podem gerar ajustes nas taxas de juros europeias, o que costuma provocar repercussões no mercado americano e, por consequência, no Brasil.

Detalhamento dos indicadores econômicos recentes

Vendas no varejo dos EUA: o desempenho negativo surpreendeu frente às estimativas do mercado. A retração acentuada indica menor consumo das famílias, um componente essencial para o crescimento econômico. A queda anterior de 0,1% em abril já apontava para desaquecimento, mas a intensidade da retração em maio amplia as preocupações.

Produção industrial americana: os dados negativos refletem redução na manufatura e produção de bens, setor largamente impactado por fatores como demanda global e custo das matérias-primas. Essa baixa produção adiciona uma camada de fragilidade à economia norte-americana.

Pedidos de seguro-desemprego nos EUA (previsão para hoje): esses pedidos indicam a dinâmica do mercado de trabalho e são frequentemente usados para antecipar tendências no emprego, essencial para o consumo e a estabilidade econômica.

Inflação na zona do euro (previsão para hoje): monitorada de perto pelos mercados, a inflação pode influenciar decisões do Banco Central Europeu sobre política monetária, impactando fluxos financeiros globais.