
O Ibovespa atingiu uma nova máxima histórica, encerrando aos 140.927,86 pontos, impulsionado pelo otimismo nos mercados globais após a divulgação do payroll de junho nos EUA.
O relatório trouxe a criação de 147 mil vagas, acima das expectativas, com queda da taxa de desemprego e avanço moderado dos salários, alimentando a visão de uma economia sólida sem grandes pressões inflacionárias. A liquidez foi reduzida devido ao fechamento antecipado dos mercados americanos por conta do feriado de 4 de julho.
No cenário doméstico, a combinação de fluxo positivo para ativos locais e expectativas de manutenção da Selic sustentaram o apetite por risco, enquanto o ambiente fiscal permanece no radar.
Dólar
O dólar à vista caiu 0,28%, fechando a R$ 5,4050, no menor nível desde 24 de junho. Apesar da força global do dólar após o payroll, o real foi favorecido por entradas para bolsa e renda fixa, além do carrego ainda elevado da Selic.
A liquidez mais baixa, típica de véspera de feriado nos EUA, acentuou movimentos pontuais. O índice DXY subiu 0,41%, com destaque para perdas do euro e do iene.
A XP revisou sua projeção para o câmbio no fim do ano de R$ 5,80 para R$ 5,50, citando a postura firme do BC, o diferencial de juros e a expectativa de reformas após as eleições de 2026.
Juros
A curva de juros locais refletiu a alta dos Treasuries americanos, com elevação nos vértices médios e longos. O DI jan/26 fechou estável em 14,915%, enquanto jan/27 a jan/29 avançaram para 14,135%, 13,350% e 13,185%, respectivamente.
O payroll reforçou a leitura de mercado de trabalho forte nos EUA, reduzindo apostas em corte de juros em julho pelo Fed.
Internamente, os leilões do Tesouro, com destaque para a emissão integral de NTN-F, também pressionaram as taxas.
A crise do IOF segue monitorada, mas sem impacto adicional na percepção de risco fiscal no pregão.