
O Ibovespa teve desempenho negativo de 0,43%, fechando em 137.212,63 pontos, pressionado pela tensão geopolítica no Oriente Médio, após a intensificação do conflito entre Israel e Irã.
Apesar das perdas globais, as ações da Petrobras se destacaram, com alta de 2,13% (ON) e 2,46% (PN), impulsionadas pela valorização do petróleo, que subiu mais de 7%. No entanto, a aversão ao risco no cenário internacional afetou o mercado doméstico, com perdas no setor bancário e em algumas blue chips, como a Vale (-1,33%).
Na semana, o índice acumulou alta de 0,82%, refletindo resiliência diante dos desafios externos.
Dólar
O dólar à vista fechou praticamente estável, com leve queda de 0,02% contra o real, cotado a R$ 5,54. A moeda americana valorizou-se pela manhã, impulsionada pela aversão ao risco gerada pelo conflito no Oriente Médio.
Porém, o real recuperou-se à tarde, refletindo principalmente o aumento do preço do petróleo e um movimento técnico de ajuste.
Além disso, a informação de que o ex-presidente Bolsonaro sinalizou apoio à candidatura de Tarcísio de Freitas em 2026 ajudou a aliviar as tensões políticas locais, contribuindo para o fortalecimento do real.
Em 2025, o dólar acumula desvalorização de 10,33% frente ao real.
Juros
O mercado de juros no Brasil teve alívio nas taxas de curto prazo após a notícia sobre o apoio de Bolsonaro a Tarcísio de Freitas, o que trouxe um tom mais otimista sobre o cenário eleitoral.
As taxas curtas, como o DI para janeiro de 2026, recuaram para 14,845%, enquanto as taxas longas se estabilizaram após um período de alta.
No cenário externo, a escalada do conflito no Oriente Médio afetou o mercado de Treasuries, mas a pressão inflacionária global e os aumentos no preço do petróleo geraram incerteza.
O mercado espera uma possível alta de 0,25 ponto na Selic na próxima reunião do Copom, com probabilidade de 56% para esse movimento.