
O Ibovespa recuou 1,04%, fechando aos 132.129 pontos, no pior fechamento desde abril, pressionado por bancos e empresas do setor metálico. O volume financeiro do dia somou R$ 17,6 bilhões. Entre as maiores quedas, destacaram-se Itaú PN, que caiu 2,10%, Vale ON, com recuo de 0,97%, e Petrobras ON, que oscilou levemente, em queda de 0,06%. No lado das altas, São Martinho avançou 3,56%, YDUQS cresceu 2,26% e Ultrapar teve alta de 2,18%. Por outro lado, Vivara e CSN lideraram as perdas, com quedas de 5,23% e 4,42%, respectivamente.
Dólar
O dólar à vista subiu 0,50%, encerrando o dia em R$ 5,5899, atingindo o maior valor desde 4 de junho. Essa alta foi influenciada pelo fortalecimento global da moeda americana e pelo temor de isolamento comercial do Brasil, visto o atraso nas negociações com os EUA sobre a tarifa de 50% que incidirá sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.
A mínima registrada foi de R$ 5,5686 e a máxima, R$ 5,6062. O índice DXY, que mede o dólar em relação a moedas fortes, avançou mais de 1%, atingindo 98,639 pontos. A percepção de que a tarifa continuará inalterada tem aumentado a aversão ao risco em relação ao real, considerado um dos ativos mais sensíveis a choques externos.
Juros
Apesar da maior aversão ao risco no mercado, a curva de juros futura fechou praticamente estável, com um leve viés de baixa nas pontas médias e longas. O DI para janeiro de 2026 fechou em 14,930%, praticamente sem variação frente ao fechamento anterior de 14,929%. Já o DI para janeiro de 2029 recuou para 13,530%, ante 13,538%.
O mercado precifica que, caso as tarifas sejam efetivadas, a sobreoferta de produtos no mercado doméstico poderá exercer efeito desinflacionário, elevando as apostas por cortes na Selic futuramente. Atualmente, a taxa Selic está em 15,00% ao ano.