
O Ibovespa operou em alta durante boa parte da sessão, alcançando a máxima de 135.300,29 pontos. No entanto, perdeu força na reta final e fechou em leve baixa de 0,10%, aos 134.035,72 pontos, com um giro financeiro modesto de R$ 18,2 bilhões. O desempenho foi principalmente sustentado pela valorização de ações ligadas a commodities, como Vale ON (+2,59%), Petrobras ON (+1,04%) e PN (+0,97%), impulsionadas pela alta de 2,49% do minério em Dalian e 2,10% em Cingapura. A CSN (+7,13%) e Usiminas (+5,99%) também se destacaram, refletindo o anúncio de um megaprojeto hidrelétrico na China. Por outro lado, o setor financeiro pressionou o índice, com Itaú PN (-1,20%) e Bradesco PN (-1,35%) entre as maiores quedas, em movimentação de realização. No setor de consumo e construção, as ações lideraram as perdas, com Vivara (-3,54%), CPFL (-2,85%) e Cyrela (-2,35%). O índice de materiais básicos (IMAT) avançou 1,59%, enquanto o de consumo (ICON) caiu 0,30%.
Dólar
O dólar à vista encerrou o dia praticamente estável, cotado a R$ 5,5670 (+0,04%), oscilando entre a mínima de R$ 5,5525 e a máxima de R$ 5,5903. A moeda americana teve desempenho mais fraco frente a outras divisas globais, porém o real não acompanhou essa tendência devido à ausência de avanços concretos nas negociações com os EUA sobre a tarifa de 50% a produtos brasileiros. Apesar do alívio observado à tarde, ancorado pela queda do índice DXY (-0,47%), a ausência de sinalizações conciliatórias por parte do presidente Donald Trump e as ameaças de escalada tarifária mantiveram o câmbio pressionado. No mercado futuro, o contrato de dólar para agosto recuava 0,18%, a R$ 5,574. O relatório fiscal não teve impacto relevante no câmbio, mesmo com a expectativa de câmbio médio para 2025 revisada de R$ 5,81 para R$ 5,70.
Juros
A curva de juros fechou em baixa em todos os vértices, acompanhando o movimento dos Treasuries americanos, em um dia de aversão moderada ao risco e alívio na percepção de prêmio. O DI jan/26 recuou marginalmente de 14,954% para 14,950%, enquanto o jan/27 cedeu de 14,31% para 14,265% e o jan/28 de 13,645% para 13,580%. Na ponta longa, o jan/31 recuou de 13,79% para 13,73% e o jan/33 de 13,879% para 13,800%. A queda dos yields americanos intensificou-se após as novas críticas de Trump ao presidente do Fed, Jerome Powell, defendendo uma taxa básica de 1% e antecipando sua substituição nos próximos oito meses. Internamente, o leilão de NTN-B teve baixa aceitação e pouco impacto. A expectativa permanece voltada ao Copom da próxima semana, com agentes aguardando a manutenção da Selic em 15% e sinalizações sobre os próximos passos.