
O Ibovespa oscilou entre leves perdas e ganhos ao longo do dia, encerrando a sessão praticamente estável, com alta de 0,04%, aos 135.564 pontos. O volume negociado somou R$ 17,9 bilhões, abaixo da média, o que reflete um mercado mais cauteloso. O setor bancário foi o principal suporte do índice, com destaque para as altas de Santander (+1,81%), BTG Pactual (+1,61%) e Itaú Unibanco (+1,51%).
Além disso, se destacaram positivamente as ações de Pão de Açúcar (+6,52%) e WEG (+2,36%). Por outro lado, as ações da Hypera (-4,43%) lideraram as perdas, seguidas por Ultrapar (-2,25%) e Petrobras PN (-1,01%), pressionadas por ajustes técnicos e fluxo vendedor estrangeiro.
Apesar do respiro pontual, o índice acumula queda de 0,46% na semana, refletindo preocupações com a crise diplomática entre Brasil e EUA e o ambiente fiscal doméstico.
Dólar
O dólar comercial à vista encerrou o pregão cotado a R$ 5,5472, com queda de 0,26%, após ter renovado máximas intradiárias acima de R$ 5,60 pela manhã. A melhora do real ao longo da tarde refletiu um movimento técnico de ajuste, após sucessivas sessões de desvalorização.
A menor percepção de risco após os anúncios do STF e da Receita contribuiu para aliviar a pressão sobre o câmbio. Ademais, a valorização do petróleo e a leitura de que o tarifaço de Trump pode ter impacto mais simbólico do que efetivo favoreceram moedas de países emergentes.
Mesmo assim, o dólar acumula alta de 2,29% em julho, refletindo a saída de fluxo estrangeiro e os receios sobre os desdobramentos das medidas comerciais americanas.
Juros
Os juros futuros fecharam em queda em todos os vértices da curva, com maior intensidade nos prazos intermediários e longos. O movimento refletiu tanto o recuo do dólar quanto a leitura de que a decisão do STF — ao preservar a maior parte do aumento do IOF — pode contribuir para a arrecadação e para o cumprimento das metas fiscais, reforçando o viés desinflacionário da medida.
O DI jan/27 recuou de 14,370% para 14,325%, enquanto o DI jan/29 caiu de 13,702% para 13,575%. Também influenciou o recuo das taxas a divulgação do IGP-10 de julho, que registrou deflação de 1,65%, puxada por quedas relevantes nos preços de matérias-primas no atacado.
Por fim, a melhora no humor externo, diante de expectativas mais suaves para os juros nos EUA, completou o pano de fundo favorável para os DIs.