
O Ibovespa recuou 1,26%, fechando aos 139.489,70 pontos, pressionado pelo ambiente externo. O índice, que vinha de máximas históricas, sofreu realização diante da escalada das tensões comerciais. O giro financeiro atingiu R$ 17,1 bilhões. No acumulado do ano, a valorização ainda é de 15,97%.
Dólar
O dólar à vista registrou alta de 0,98%, encerrando o dia cotado a R$ 5,4778, o maior valor em 10 dias. Essa valorização refletiu a aversão global ao risco gerada pela nova rodada tarifária americana, que afetou diversos países, especialmente Japão, Coreia do Sul e África do Sul.
No mês, a moeda acumula alta de 0,80%, apesar de manter perda de 11,37% no ano. O índice DXY subiu 0,30%, aos 97,50 pontos, com o dólar avançando também contra o iene (¥146,06) e o won sul-coreano (₩1.376,07). Mesmo assim, o real apresentou desempenho mais resiliente comparado a outras moedas de mercados emergentes, como o peso colombiano e o rand sul-africano.
Juros
A curva de juros futuros respondeu à elevação dos rendimentos dos Treasuries e à valorização do dólar, registrando alta em todos os vértices intermediários e longos. Os DIs com vencimento em janeiro de 2026 recuaram levemente para 14,915%, enquanto os contratos a partir de janeiro de 2027 subiram, com janeiro de 2028 a 13,470% e janeiro de 2029 a 13,420%.
A retórica protecionista elevou a percepção de risco e gerou inclinação na curva. Embora a mediana do IPCA no boletim Focus tenha recuado para 5,18% em 2025, indicando potencial espaço para alívio, o ambiente internacional prevaleceu como fator dominante no movimento dos juros.