
O Ibovespa fechou em alta de 0,45%, aos 137.164,61 pontos, impulsionado pela descompressão do risco global e pelo alívio nas tensões geopolíticas. O índice oscilou entre 135.835 e 138.156 pontos ao longo do dia, com um giro financeiro de R$ 21,3 bilhões. Apesar dessa alta, o desempenho do índice foi prejudicado pela queda nos preços do petróleo, que impactaram negativamente as ações do setor de energia, como Petrobras. No entanto, ações dos setores cíclicos e financeiros, como Itaú e Santander, registraram bons ganhos.
Dólar
O dólar à vista fechou em alta de 0,29%, cotado a R$ 5,51, após ter atingido R$ 5,47 durante a manhã. O real foi impactado por fatores internos, como o fluxo de saída de recursos e o desempenho negativo das ações ligadas ao petróleo, apesar da queda do dólar no exterior, resultado do alívio nas tensões no Oriente Médio. O Banco Central do Brasil anunciou intervenções para controlar a volatilidade do mercado cambial.
Mesmo com essas oscilações, o real mantém um bom desempenho no ano, acumulando ganhos de quase 11% frente ao dólar. Isso ocorreu principalmente devido à atratividade das operações de carry trade. Além disso, o otimismo causado pela trégua no conflito no Oriente Médio impulsionou as bolsas de Nova York, que fecharam com ganhos superiores a 1%.
Juros
Os juros futuros caíram ao longo do dia, influenciados pela redução do apetite ao risco global e pela desvalorização do dólar. O mercado ainda acompanha as expectativas em relação a possíveis cortes de juros nos Estados Unidos, após declarações cautelosas de dirigentes do Federal Reserve (Fed).
A ata do Copom, que reforçou a mensagem de que a Selic permanecerá elevada por um período prolongado, não impactou significativamente as taxas de juros no Brasil, pois essa informação já estava amplamente precificada pelo mercado. O foco dos investidores deslocou-se para o cenário político e as eleições de 2026, o que colaborou para a queda das taxas mais longas da curva de juros.