
Principais eventos econômicos recentes
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil apresentou resultado um pouco acima do esperado pelo mercado. Enquanto a expectativa era de uma queda de 0,15%, o número oficial apontou uma queda de apenas 0,11%. Essa diferença gerou certa pressão nos juros locais. Por outro lado, nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) surpreendeu positivamente. O mercado esperava um aumento de 0,3%, mas houve uma queda de 0,1%, reforçando as expectativas de uma recessão econômica no país norte-americano.
No cenário corporativo, o Citibank lançou seu primeiro relatório de cobertura do setor de telecomunicações no Brasil. Nele, a operadora TIM recebeu recomendação de compra, com preço-alvo fixado em R$ 26,00. Em contraste, a Vivo foi classificada como neutra, com preço-alvo de R$ 35,00. Além disso, o Morgan Stanley emitiu recomendações distintas para empresas brasileiras: compra para Ipera e neutra para Haydrogazil, justificando a posição menos favorável para Haydrogazil devido aos preços elevados das ações.
Calendário econômico e expectativas para os próximos indicadores
O calendário econômico brasileiro inclui a divulgação das vendas no varejo às 9h00, dado que o último indicador referente a junho registrou desempenho bastante negativo. Também às 9h15, será divulgada a decisão sobre a taxa de juros na Europa, com expectativa majoritária de manutenção dos níveis atuais.
Às 9h30, nos Estados Unidos, serão divulgados dados relevantes. Os pedidos iniciais de seguro-desemprego, considerados um termômetro importante do mercado de trabalho, serão publicados juntamente com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação ao consumidor. Essas divulgações têm potencial para gerar volatilidade nos mercados globais, incluindo o brasileiro, diante da relevância desses dados para as decisões econômicas.
Análise dos indicadores econômicos divulgados
O resultado do IPCA no Brasil, embora tenha apontado queda no indicador, ficou aquém das expectativas, indicando um ritmo mais lento de desinflação. Isso gerou reação nos mercados de juros, que ajustaram suas posições, refletindo o cenário resistente para a inflação.
Já nos EUA, o recuo do Índice de Preços ao Produtor sugere uma menor pressão inflacionária para o setor produtivo. Essa dinâmica apoia a hipótese de desaceleração econômica, inclusive no contexto de uma possível recessão, o que tem impactado as perspectivas para a política monetária do Federal Reserve.