
O mercado brasileiro amanhece atento aos números recentes divulgados sobre as vendas no varejo, que mostraram resultados abaixo do esperado. Enquanto especialistas projetavam um crescimento de 0,2% para o período, os dados oficiais revelaram uma queda de 0,2%. Este desempenho negativo indica uma retração no consumo, impactando as expectativas para o setor.
Simultaneamente, os indicadores econômicos da China também despertaram preocupação. As taxas de inflação ao consumidor e ao produtor vieram abaixo das projeções, sinalizando uma desaceleração na atividade econômica do país. A inflação ao consumidor registrou deflação de 0,1% em junho, quando se esperava estabilidade, enquanto a inflação ao produtor acumulada no ano apontou queda de 3,6%, acima da previsão de 3,2%. Essa dinâmica sugere um enfraquecimento da demanda chinesa, o que pode influenciar negativamente o mercado de commodities.
Atualizações nas prévias operacionais de empresas brasileiras
No âmbito corporativo, destaque para as prévias operacionais de três empresas relevantes do setor imobiliário e energético. A Cirela apresentou números robustos com lançamentos que atingiram R$ 4 bilhões no segundo trimestre. O crescimento nas vendas reforça o bom momento da construtora, especialmente após um primeiro trimestre com volumes significativos de lançamentos.
A Tenda também mostrou desempenho positivo, registrando um aumento de aproximadamente 30% no volume de lançamentos. Apesar de uma pequena redução nas atividades da Alea, o crescimento da Tenda, aliado a um Valor Geral de Vendas (VSO) estável e superior ao do ano anterior, demonstra resiliência e capacidade de adaptação no mercado.
No setor de petróleo, a Petro Recôncavo divulgou uma leve redução na produção diária em junho, média de 26,9 mil barris por dia. Essa queda, próxima a 2%, está relacionada a uma parada programada para manutenção no Ativo Bahia e não representa uma tendência negativa para a empresa.
Detalhamento dos indicadores econômicos divulgados
Vendas no varejo brasileiro: O recuo de 0,2% nas vendas fica abaixo da expectativa inicial de crescimento de 0,2%. Este indicador é crucial para medir a saúde do consumo doméstico e pode influenciar as projeções econômico-financeiras para os próximos meses.
Inflação na China: A inflação ao consumidor em junho apresentou deflação de 0,1%, contrariando a previsão de estabilidade. Já a inflação ao produtor acumulada no ano avançou uma deflação de 3,6%, maior do que a estimativa de 3,2%. Esses números indicam um abrandamento da pressão de preços, refletindo menor demanda interna.
Produção da Petro Recôncavo: Em junho, a produção aferida foi de aproximadamente 26.900 barris diários, ligeiramente inferior à média dos meses anteriores (27.000 a 27.500 barris). A redução ocorre devido a atividades de manutenção programadas, não comprometendo o desempenho operacional geral.