O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito o novo líder da Igreja Católica. Ele adotará o nome de papa Leão XIV. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (8), após a tradicional fumaça branca sair da chaminé da Capela Sistina, indicando que os cardeais reunidos em conclave chegaram a um consenso.
A decisão foi tomada na quinta votação geral dos 133 cardeais reunidos em Roma. Pouco tempo depois do sinal visual, o cardeal Dominique Mamberti surgiu na sacada da Basílica de São Pedro para proclamar em latim a tradicional frase: “Habemus papam”.
Um novo momento para a Igreja
Prevost assume o papado em um cenário desafiador: a Igreja Católica enfrenta uma perda gradual de fiéis ao redor do mundo. Além disso, terá a missão de dar continuidade, ou não, à agenda reformista promovida por papa Francisco, seu antecessor, cuja popularidade marcou profundamente os últimos anos da instituição.
Nascido em Chicago, Prevost é considerado um aliado próximo de Francisco. Foi nomeado cardeal pelo próprio pontífice e já havia sinalizado intenção de manter o espírito de continuidade.
Transição rápida e histórica
A eleição de Leão XIV ocorreu apenas 17 dias após a morte de papa Francisco, vítima de um AVC e insuficiência cardíaca. Francisco faleceu em sua residência no Vaticano, após um período de saúde fragilizada que incluiu uma longa internação para tratar uma pneumonia.
Assim como nos conclaves anteriores, de 2005 e 2013, a escolha do novo pontífice aconteceu ainda no segundo dia de votação, contrariando expectativas de que o processo se estendesse devido ao número elevado de cardeais votantes (133 neste conclave, contra 117 no último).
Durante a manhã, uma fumaça preta ainda indicava impasse. A definição veio apenas à tarde, encerrando o período de Sé Vacante, que é o intervalo entre a morte de um papa e a eleição de seu sucessor.
Praça lotada e olhos para o Vaticano
Milhares de fiéis e turistas acompanharam cada sinal do conclave na Praça de São Pedro, em frente à Basílica. Segundo o Vaticano, o público chegou a 45 mil pessoas nos momentos de maior expectativa.
O silêncio tomava conta da praça nos instantes anteriores à fumaça, rompido por aplausos esporádicos e celulares apontados para o céu em busca de um registro histórico. A forte presença popular reforça que, apesar dos desafios contemporâneos, a eleição papal segue despertando atenção global.
Com informações de G1
Imagem: Reuters