
A primeira semana de agosto começou com a chamada “super quarta”, quando tanto o Banco Central do Brasil quanto o Federal Reserve decidiram manter suas taxas de juros inalteradas.
Nos Estados Unidos, os Fed Funds foram mantidos na faixa entre 4,25% e 4,50% pela quinta reunião consecutiva — uma decisão esperada, mas que ganhou contornos inesperados com a dissidência de dois governadores, Michelle Bowman e Christopher Waller, que votaram por corte imediato.
Foi a primeira vez desde 1993 que dois votos divergentes se manifestaram no Comitê, refletindo a crescente tensão interna diante do novo estágio do ciclo econômico americano.
Brasil VS EUA:
Após ameaçar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, Trump voltou a afirmar que Lula pode “ligar para ele” caso queira evitar a medida — e Lula respondeu.
Em tom firme, o presidente brasileiro disse estar disposto a negociar, desde que em pé de igualdade. A fala veio acompanhada de críticas à tentativa americana de usar uma disputa política interna — a investigação de Bolsonaro pelo STF — como moeda de pressão econômica.
Embora o aumento das tarifas tenha sido adiado e alguns produtos tenham sido isentos, o gesto de Trump de sancionar diretamente o ministro Alexandre de Moraes sinaliza uma escalada inédita nas relações bilaterais.
Queda no Bitcoin:
No mercado cripto, agosto começou com uma realização. Após o melhor mês da história dos ETFs de cripto nos EUA — que bateram recordes de captação em julho — a primeira semana de agosto trouxe resgates de mais de US$1 bilhão, maior volume mensal desde abril.
Esse movimento reflete, em parte, a cautela dos mercados do lado macro, porém também uma realização parcial dos ganhos, após altas expressivas tanto do bitcoin quanto de outras altcoins. Com isso, o bitcoin voltou abaixo dos US$115 mil e viu sua dominância voltar ao patamar dos quase 62%.
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