
O Ibovespa avançou 0,99%, fechando aos 137.113,89 pontos, com um volume financeiro de R$ 22 bilhões. Esse desempenho positivo foi sustentado por um aumento do apetite por risco nos mercados, com destaque para a queda do dólar e o cenário favorável de inflação mais baixa, conforme o IPCA-15 de junho. As especulações sobre uma possível mudança no governo brasileiro também impulsionaram os ativos locais. Além disso, a derrubada do decreto que aumentava o IOF, combinada com a expectativa de uma disputa eleitoral acirrada para 2026, ajudou a melhorar as perspectivas para a política fiscal.
Dólar
O dólar caiu 1,02% contra o real, encerrando a R$ 5,49. Esse movimento acompanhou a fraqueza global do dólar e os cortes de juros esperados pelo Federal Reserve (Fed). No Brasil, o real se destacou entre as moedas mais líquidas, beneficiado pela desaceleração da inflação local e pelo compromisso do Banco Central com a meta de inflação, conforme reforçado no Relatório de Política Monetária.
As expectativas em torno da corrida presidencial de 2026 também contribuíram para a valorização do real, à medida que o mercado interpretou o enfraquecimento do governo Lula como um sinal positivo para uma política fiscal mais austera.
Juros
O mercado de juros viu uma queda nas taxas futuras, especialmente nas mais longas, após a divulgação de dados inflacionários mais suaves. O IPCA-15 de junho registrou uma desaceleração maior do que o esperado, sugerindo um ambiente mais favorável para a economia brasileira.
O Relatório de Política Monetária do Banco Central reafirmou que a Selic deverá permanecer em níveis elevados por um período prolongado. Esse cenário contribuiu para a queda nas taxas de juros, pois os investidores consideram a possibilidade de um alívio monetário no futuro, caso a inflação continue a perder fôlego.