O cenário atual de alta da taxa de juros torna a renda fixa mais atrativa, mas a RPS, casa de investimentos especializada em ações, avalia haver oportunidades importantes para a bolsa nos próximos 12 meses.

Além da expectativa de queda dos juros a partir do final deste ano, a eleição presidencial de 2026 pode trazer mudanças antecipadas pelo mercado, atuando como catalisadores para o desempenho das ações.

Assista a o Bate-papo Completo! No quadro As Mentes por Trás dos Rendimentos, Helen Vogt conversa com Paolo Di Sora, CIO da RPS Capital, direto da Expert XP.

Perspectiva para ações e diversificação

O Brasil vive um momento com economia relativamente sólida e resultados corporativos positivos. A bolsa está com preços razoavelmente baratos, possibilitando a montagem de carteiras com ações de valor.

Apesar da volatilidade e incertezas, manter exposição à renda variável é recomendável, sobretudo com foco no longo prazo, considerando ciclos econômicos e setoriais.

Paolo, CIO da RPS, destaca que o investidor deve buscar equilíbrio entre renda fixa e variável, dimensionando a posição conforme o apetite de risco.

Segundo ele, a diversificação é fundamental para preservar o capital e capturar oportunidades, tanto no mercado doméstico quanto no exterior.

Fundos RPS e resultados históricos

A RPS oferece fundos que apresentam desempenho superior ao CDI e à Bolsa em diversos períodos.

O principal deles, o RPS Total Return, possui 12 anos de histórico, acumulando retorno equivalente a 175% do CDI no período, com volatilidade reduzida ao redor de um terço da Bolsa.

Esse fundo jamais registrou resultado negativo no ano, evidenciando consistência no desempenho.

Além do fundo total return, a casa dispõe de fundos long bias, com maior risco e potencial de retorno, e um fundo focado exclusivamente em ações da Argentina.

Este último desperta otimismo devido ao potencial de recuperação do país, conforme detalhado por Paolo em recente podcast, reforçando a busca por diversificação geográfica em ações.

Estratégias de investimento para diferentes perfis

Com mais de três décadas no mercado, o gestor exemplifica que investir em ações é viável para compor patrimônio a longo prazo, desde que haja disciplina para entender ciclos e ajustar posições.

Ele enfatiza a importância de estar posicionado na bolsa continuamente, evitando tentar cronometrar o mercado, que geralmente resulta em erros para investidores menos experientes.

O acesso facilitado ao mercado internacional também amplia oportunidades.

Investimentos em grandes empresas globais, como ações da Nasdaq e S&P 500, possibilitam participar dos avanços em setores como inteligência artificial e infraestrutura, complementando a carteira de forma estratégica.

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Adaptação ao ambiente macroeconômico brasileiro

A carteira RPS reflete o entendimento de que o Brasil continuará como um país com forte presença da renda fixa, mas com a necessidade de equilibrar exposição em ações para ganhos superiores no médio e longo prazo.

A abordagem tática e ativa visa adaptar posições conforme mudanças de cenário, ao contrário de estratégias convencionais que apenas acumulam ativos.

Os resultados recentes comprovam essa estratégia: mesmo em anos de juros elevados, os fundos da RPS vêm superando o CDI, mostrando eficiência na gestão frente às condições econômicas atuais.